quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Partir o pão, exata divisão

corpos estirados no asfalto, cabeça de modo inconfotável apoiada no degrau sujo da loja que a anos não abre, o dono se mudou, sem saber fez da sua esquina imunda e sem futuro, o descanço de rejeitado.
Voz angelical, por mais que negue, formação musical, curiosidade homosexual, queda de um anjo que a auréula apertava demais. Perdão Perdão Perdão, entre lágrimas.
Tatiana não parece mais Ana, fiquei em dúvida, até ver a vida em seus olhos que ardiam a pimenta que mexeu sem saber no lixo. Lavou o rosto, trocou a calça, não mucou de vida, só deu mais um passo.
Vejo tanto cor atrás do cinza, tanta vida em cada rosto que passa, tanto potencial em quem não acredita e só leva a vida.
Chácara no meio de tudo, entra e parece que você está em outro mundo, "seu corpo é o templo de Deus, favor não fumar neste local", diz a placa na entrada que pra mim vale mais que mil palavras. Vem entre como está, mesmo cheio de dióxido de carbono no pulmão, mesmo que você esteja cometendo suicídio a la tortura, e se quiser sente-se a mesa e coma conosco, por que assim foi o exemplo deixado por Jesus, que não apenas se sentou ao lado de cafetões e prostitutas, mas compartilhou seu alimento com eles.
E nós com quem temos coragem de compartilhar?

sábado, 17 de novembro de 2007

o sol

Assisti o nascer do sol hoje. Em lugar de honra, pois o observava com a simplicidade de tentar apreciá-lo pelo o que é. Foi lindo. Me encontrei em um lugar que nunca estive antes. Meus sentidos pareciam mais aguçados e o meu coração mais aberto. Ouvi o silêncio do nascer do sol, e no final escutei ele chiar, que nem as crianças, que sem pretensões simplesmente são e como dom recebem sem medida.
Meu coração não me pertence mais, nesse momento ele já começou a vagar. Pensava naqueles que não conseguiam apreciar tudo isso, e não porque se encontram em um patamar menor, mas porque ninguém se preocupa em ajudá-los a subir. Pensei naqueles que enquanto eu bebia cada gota do sol pensaram esse ser apenas mais um dia, ou até aqueles que pensaram esse ser seu último e se entregam sem tentar mais uma vez.
E esse sol nasce e se põe para todos. Admiro esse sol, ele não escolhe partido e sim tenta ao máximo fazer a sua parte que resplandece na constância.
Entre pensamentos e suspiros de Deus ouvi minha querida discípula dizer: "Eu queria ser como o sol"... eu também, eu também. Fiz um tratado silencioso com o sol. Não importa onde eu estiver, quero sempre visitá-lo, ter um senso de constância de intento de ternura enfim de luz. Ele nasce e morre todo dia com um propósito bem definido, morre por sua causa. Vale a pena viver assim.

sábado, 10 de novembro de 2007

liberdade

Louvo-te Deus!
Liberdade está em Ti!
O Senhor é liberdade!
Eu te amo Jesus!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

e a realidade, onde esta?

Parece que não vivemos na realidade. Vivemos momentos instantâneos, que tentam imitar as coisas vistas na televisão, vivemos momentos que dizemos a nos mesmos anteceder o momento desejado, tentando viver uma pré-felicidade em nossas cabeças tida como necessária. A visão se embaça com tantos nomes "especificantes". Critérios que compõe os aspectos pragmáticos do complexo processo de se viver ou nesse caso, mais o deixar de viver. Quem estabeleceu? Quem se importa? Quem é você? Perco-me em discussões teóricas universitárias que se desprendem da realidade, justamente para analisar-lá melhor. Tornam-se inúteis. A vida, a verdadeira é simplicidade. Simplicidade de uma criança, simplicidade de um velho que já desistiu de tentar engolir o mundo todo, simplicidade de não saber.
E ao nos envolvermos intimamente com nossas vidas esquecemos no que ela realmente é baseada, no outro. Você veio do outro, você é quem é por influencia de um outro, provavelmente não consegue se imaginar sem algum outro. Mas e os outros que ficam em outros lados bem mais distante do seu lado limpinho e promissor? Aqueles que vieram do mesmo jeito que você e vão algum dia embora do mesmo jeito que você? Quais foram os critérios pragmáticos que estabeleceram essa diferença absurda? Pois eu quero que esse critérios se explodam. Peço para Deus que abra o meu olhos duas vezes, e o meu coração 5 vezes. Quero viver a realidade, não quero ser de plástico para encaixar em um molde, ser colocado dentro de uma caixa e empratileirado com mais bilhões que se enganam.
Transformo-me então em uma prece ambulante! Deus me faça ter consciência de que não sou nada, ninguém. Faz-me entender que sou incapaz e pequena demais. Mas te peço, faz meu coração grande para caber a realidade, pois sei que assim que as escamas caírem de meus olhos, nada mais restara de mim do que amar, amar e amar. Quero poder ir de encontro com aqueles maltrapilhos que por dentro são de ouro e tem mais a me ensinar do que qualquer um que ensina em cima de um palanque. Peço que debaixo de um túnel possa abraçar, me sentar e ser parte daqueles que ninguém ama e não amam por que estão preocupados demais com suas gravatas inúteis. E peço ainda que tire essa casca grossa que me faz julgar, porque no fundo no fundo, todos precisam da sua salvação Jesus, e não é um banho que vai diferenciar quem precisa mais, afinal você não tem filhos favoritos não é mesmo? E em um ultimo suspiro, chego à conclusão de que nada mais faço do que pedir ajuda para mim mesmo, pois não passo de mais nada do que um outro alguém.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Planeta x

Existe um lugar, beeeem distante daqui, onde as pessoas não tem a mania de se perguntar de onde vieram, para onde vão e muito menos quem são. Elas fazem o que todo mundo sempre fez. E ninguém sabe bem o por quê.
Mas não os subestime, eles tem muitas coisas, seus trabalhos tem nomes cumpridos como: "assistente técnico administrativo", dando um ar de seriedade a suas acupâncias. Tem casas bonitas, coisas bonitas dentro de suas casas bonitas, tem até lugares bonitos para se ir quando não estão assessorando algo tecnicamente administrativo. Lugares esses que eles vão...bem por que todo mundo vai, cheios de um sentimento simplificado em uma frase: "isso parece o certo, é tão comum, todo mundo faz" e ao chegarem em casa, depois daquela condicionada escovada de dentes, deitam suas cabecinhas alienigenas no travesseiro e se preocupam com o que todo mundo sempre se preocupou, o trabalho, os estudos, as contas, a próxima coisa que anseiam.
É, ainda bem que eu moro num planeta beeeeem distante desse aí, no planeta Terra, você conhece?
Aqui nos fomos abençoados com o amor, que é na verdade o centro de todas a nossa existência. Ainda bem que o amor é que preenche tudo e a partir dele, aí sim, traçamos nosso objetivos.
Esse amor que eles não conhecem, faz como que borbulhar por dentro de nós terráqueos, até que chegamos ao ponto de questionar, querer saber, e quando nos damos conta, estamos crescendo...
É fico muito feliz de morar aqui e não lá, por que quando colocamos nossas cabeças no travesseiro não nos preocupamos mais com trabalho do que o amor. Deitamos tranqüilos sabendo no fundo que tudo se cria, se une, e se destrói pelo amor. Gera-se até um sentimento de amor pela própria existência e é por isso que não nos preocupamos com os afazeres mais do que com as coisas que conquistamos. Isso sim é vida, porque para nós aqui no planeta Terra não vale a pena levantar se não for por amor, ou talvez seja amor o simplesmente levantar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Revolução

Fico brava
Revolta
Inconformada
Vejo
Sinto
não faço não faço
Quero brigar com o mundo
Apontar-lhe o dedo na cara
Manda-lo fazer a barba
Vejo
Sinto
não faço não faço
Ao invés de abrir a boca pra gritar
Fecho os olhos para as luzes embaçar
Dentro de mim saio correndo
Em direção aos que no dia-dia não são e talvez nunca serão
Vejo
Sinto
Arde no coração
Surge iluminada euforia acompanhada da turva conclusão
espelho espelho meu
o que vejo sou eu?
Apontar para fora é apontar para si mesmo
Começo silencioso
Vai começar no meu começo
Dentro
Veja
Sinta
Cresça
Suma na multidão
Ache
e Faça
Faça
Faça
mesmo que agora seja apenas escuridão

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Mundo Torto Torto Mundo

Ao olhar para frente vê-se o de sempre...
mas se você se atrever a inclinar a cabeça, nem que seja só um pouquinho... você vê então, acredite se quiser, algo completamente diferente!
Será possível esse ser o mesmo mundo, que a poucos segundos parecia tão conhecido?
Pois é, depende do ponto de vista (rsrs)
Proponho então a sociedade invisível a viver duas vezes sua própria vida! Parece estranho? Mas não é. Mas já avisando, você acabará encontrando aquela segunda dimensão que os cientistas tanto buscam.
É como beber até a última gota daquela limonada suíça que só sua tia sabe fazer, ou pular de bombinha no lago gelado num dia bem quente ou melhor, aquela sensação se que algo está prestes a acontecer!
Buscamos constantemente algo sem saber exatamente o que é, mas na rotina do dia-dia que nos engole como uma roda-gigante nos fazendo sentir pequenos e tontos ao mesmo tempo, no final do dia acabamos sentindo saudades de algo que não sabemos ao certo o que é.
Mas se você procurar beber cada segundo do que é te presenteado pela graça você se sente completo e a saudade e tonteira se transformam em pequenos espasmos de constante alegria. Da roda gigante você se tele transporta para a montanha-russa que só tem as partes que libertam as borboletas na barriga!
Achamos que nada se repete, tudo já nos é conhecido menos a cura do Cancêr e da AIDS, que em 2010 será encontrada. Temos estudos do IBGE para tudo. do que mais necessitamos?
Que tal nascer de novo?
Nascer de novo e tirar aquela camada grossa de comodismo que cobre os olhos os ouvidos e filtra a boca.
, é bom demais nascer de novo... mas como avisei sobre a nova dimensão, sinto-me obrigada a também avisar que ao abrir os olhos nem tudo será como campos de margaridas!
Mas isso faz parte, depois que ficou resolvido provar da árvore do conhecimento do bem e do mal, morremos, mas nascemos com compromisso.
Pois bem, sente naquela graminha perto de onde você mora, que por muitas vezes você passou e não reparou direito porque não tinha tempo. Não leve seu Mp3, deixa Deus tocar a música dEle pra você. Deite um dia na sua cama, ponha a mão no coração e sinta seu próprio ritmo ou quer que você esteja, segure a respiração para se sentir o prazer que é respirar... e quando tiver preenchido a cota de "alone time", vá na casa se sua pessoa favorita e faça nada simplesmente sentando na calçada com ela (é você mesmo rasta pé=]).
E finalmente chegue a conclusão de que cada movimento seu você muda o mundo, então faça intencionalmente. Viva sua vida, não só atravesse a rua!
Otimismo demais? Não me importo porque o atravessar é bom demais.